quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Chelsea vence Monterrey com autoridade e mostra para Corinthians como se faz

O atual campeão europeu Chelsea do técnico espanhol Rafael Benítez jogou hoje com o Monterrey do México em jogo válido pela semifinal do Mundial de Clubes da FIFA. Os Blues venceram por 3 a 1 e carimbaram o passaporte para a final, no domingo, onde enfrentarão o Corinthians.

O Chelsea jogou com autoridade; tendo mais posse de bola contra um time de fraca marcação que, ao contrário do Al Ahly que enfrentou o Corinthians, dava muito espaço para o time adversário, característica de times sul-americanos, dando bastante espaço para os jogadores habilidosos do Chelsea.

O jogo

No Chelsea, Azpilicueta foi titular na lateral direita, no lugar de Ivanovic que, zagueiro de origem, substituiu Terry na zaga, que não viajou para o Japão.

A surpresa e, de uma certa forma, o destaque, do time, foi o zagueiro brasileiro David Luiz ter jogado como volante, e mais, ter jogado como segundo volante ao lado de Mikel. O brasileiro, que substituia Lampard, além de marcar muito bem, era responsável por carregar a bola para o ataque; e surpreendeu com sua visão de jogo e seus bons passes, tendo quase marcado um gol. Era o Paulinho de Londres!

À frente dos volantes, Oscar jogou pelo meio como meia-atacante, Hazard e Juan Mata, um de cada lado, jogavam bem abertos. Torres era a referência no ataque, voltando algumas vezes também, para buscar jogo.

Uma importante aspecto do time era a troca de posição entre Oscar, Hazard e Juan Mata. Numa dessas ocasiões, onde Hazard foi para a direita, Mata pelo meio e Oscar pela direita, Ashley Cole toca para Oscar, que devolve de calcanhar para Cole dar a assistência para o primeiro gol do Chelsea com Juan Mata.

O Monterrey de Victor Vucetich entrou num 4-1-4-1/4-3-3. O campeão da Liga dos Campeões da Concacaf jogou mal e não ofereceu nenhuma dificuldade ao Chelsea. Ofensivamente, os mexicanos eram desorganizados e não tinham um meio-campo sólido que os possibilitasse a armar jogadas que levassem perigo aos ingleses.

O time de Victor Vucetich buscava a movimentação da linha do meio-campo e do uso de De Nigris como pivô e como ameaça aérea.

Defensivamente o time era também ruim. Ao contrário do Al Ahly, e do próprio Chelsea, o Monterrey não marcou em zonas, mas individualmente, ou seja, a marcação do indivíduo é mais importante do que a marcação do espaço em si (estilo sul-americano). Com vasto espaço, jogadores habilidosos e pouco empenho do time mexicano para marcar, o Chelsea não precisou se esforçar tanto para vencer como venceu.

2º tempo - início avassalador do Chelsea
Logo aos 27 SEGUNDOS do segundo tempo, Hazard passa por Perez e passa para Torres que chuta, e marca após a bola ter desviado na zaga. Pouco menos de 3 minutos depois do segundo gol, Torres recebeu a bola sem marcação no meio e passou de trivela para Juan Mata que se enfiou pela direita. Mata tentou o passe para Oscar no meio, mas a bola desviou em Chavez e entrou. Gol contra, 3 a 0.

Depois do início do segundo tempo, onde o Chelsea conseguiu marcar duas vezes, o time inglês administrou a vantagem até que, nos acréscimos, De Nigres desconta para o Monterrey. Placar final, 3 a 1 e Chelsea na final!

Final domingo: o que esperar?
Para domingo não devemos esperar muitas mudanças do lado azul. Apesar da boa atuação de David Luiz como volante, temos que lembrar que isso só aconteceu porque Rafa Benítez quis poupar Ramires, que vinha cansado; outro aspirante a essa vaga é o ídolo Frank Lampard, mas não vejo problema em Ramires jogar junto com Lampard, desde que um deles fique de olho em Paulinho nos contra-ataques.

Outro que pode entrar nesse time é o nigeriano Victor Moses; o meia direita é rápido mas pode desempenhar um papel também de marcação. O próprio Ramires já atuou desde a temporada passada nessa faixa do campo e pode voltar a atuar na final. Se Ramires ou Moses forem para a direita, Mata deve ir para o meio, tirando Oscar do time, assim, o Chelsea perderia em criatividade, mas ganharia em marcação e velocidade.

Se no Chelsea ainda há dúvidas no tocante à escalação, o Corinthians parece já definido. Tite deve repetir a maior parte dos jogadores que jogaram a semifinal contra o Al Ahly. A minha única desconfiança é com Emerson Sheik. Sheik jogou muito mal contra o Al Ahly, não conseguia se movimentar, não puxava contra-ataques e não voltava para ajudar na defesa. Além de que, contra o Chelsea, o Corinthians vai precisar de um meia aberto que volte para marcar, principalmente se Aspilicueta jogar como lateral direito, jogador que apoia mais que Ivanovic. Os substititutos podem ser Romarinho ou Jorge Henrique.

Para domingo, devemos esperar um Chelsea que busque ter a posse da bola e presença ofensiva, usando jogadores leves e rápidos que darão muito trabalho aos corinthianos. Já o Corinthians, vai entrar em campo sabendo que se tomar um gol, talvez não tenha poderio ofensivo o bastante para virar e, caso se abra demais, o Chelsea tem jogadores velozes que podem aproveitar os espaços e ampliar a vantagem.

Visto isso, o time de Tite deve ser precavido na defesa para não ser surpreendido, mas também, aguerrido no ataque, usando Paulinho como uma grande arma para puxar os ataques do time do Corinthians. Vamos esperar pra ver :D

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Corinthians toma pressão mas espanta zebra e garante vaga na final

O Corinthians de Tite encarou o time egípcio campeão africano Al Ahly do técnico Hossam El-Badry pela semifinal do Mundial de Clubes da FIFA.

O time brasileiro foi surpreendido num confronto teoricamente fácil e, tomando pressão do time adversário no fim, garantiu uma vitória magra e irresponsável por 1 a 0.

O jogo
CORREÇÃO: Gomma jogou na zaga, não Abdel
El Badry escalou o Al Ahly com 2 linhas de 4 com objetivo principal de marcar o time do Corinthians. O principal jogador do time, Aboutrika, começou no banco de reservas. A estratégia era não levar gols no primeiro tempo, e sair pro jogo com o craque Aboutrika no segundo, e almejar a vitória.

Destaque para o desenho tático do time egípcio, que atacava com amplitude, era um time largo, já quando defendia, comprimia suas linhas de marcação, juntando mais os jogadores, não dando nenhum espaço para o Corinthians, neutralizando as arrancadas de Paulinho e encurralando o timão.

O time egípcio além de ter duas linhas de quatro plantadas no campo de defesa, contava com o recuo de um dos dois atacantes enfiados.
A imagem mostra a compactação defensiva do Al Ahly

O Corinthians de Tite entrou no jogo com o objetivo de ter mais posse de bola e volume de jogo. Fábio Santos e Alessandro apoiavam o ataque, Ralf era o primeiro volante com mais propensão a marcar; Paulinho era a alma do meio-campo. Ele avançava e proporcionava as melhores chances de furar a forte marcação do Al Ahly com suas arrancadas.

Douglas, o camisa 10, tinha o papel de armar as jogadas, recuando e carregando a bola para o ataque. E assim, com as movimentações de Paulinho e Douglas, o 4-2-3-1 de Tite se transformava em um 4-1-4-1.

Guerrero jogou como pivô, o peruano é o preferido de Tite para a posição, pois é o único que pode desempenhar bem esse papel (de pivô), que é fundamental no 4-2-3-1, segundo o próprio Tite.

Inversão de pontas
Lá pro meio do primeiro tempo, Emerson, o Sheik, trocou de lado com Danilo, que desempenhou um papel defensivo de acompanhar Fathi durante toda a faixa do campo, ajudando a marcação do lado esquerdo da defesa.

Corinthians marca com passe genial de Danilo
Aos 29 minutos, Danilo cobra escanteio curto que é desviado, na sequência, Fábio Santos toca novamente para Danilo que cruza de primeira de canhota para o peruano Paolo Guerrero completar de cabeça no canto direito de Ekrami. 1 a 0.

2º tempo
Na segunda etapa, com a entrada de Aboutrika, o time egípcio foi pro tudo ou nada. O meia-atacante jogou à frente dos meias com o intuito de armar as jogadas do Ahly. Aboutrika fez o jogo do time fluir melhor, conseguido deixar companheiros na cara do gol pelo menos três vezes.

Com a pressão adversária, os brasileiros só se preocuparam em marcar e jogar em contra-ataque, isso ficou claro com a entrada do prodígio Romarinho, responsável pela marcação do lateral esquerdo Kenawi e pelos contra-ataques pelo lado direito.

No fim, os corinthianos conseguiram segurar a vitória magra e, repito, irresponsável, tendo em vista o porte do adversário, que só nao marcou gols, pela falta de qualidade técnica de seu plantel.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Inter garante vitória em casa contra o Napoli e assume a segunda posição do Campeonato Italiano

A Internazionale recebeu o Napoli neste domingo pela Serie A italiana num jogo importante na briga pelo Scudetto.

Com bela atuação de Guarin, com um gol e uma assistência, a Inter venceu o Napoli por 2 a 1 e ultrapassou o time de Cavani na tabela, indo para a segunda posição.

1º tempo

A Inter de Andrea Stramaccioni veio num 3-5-2, com Cambiasso substituindo Samuel, machucado, na zaga; Pereira era ala-esquerda, saía menos para o ataque que Nagatomo, pode se dizer que Pereira apareceu pouco na partida.

 No meio, Zanetti, pelo centro, e Gargano, pela esquerda, eram mais defensivos; já Guarin, tinha mais liberdade para partir pro ataque com velocidade e armar jogadas, fazendo com que o esquema variasse de um 3-5-2 para um 3-4-1-2. Na frente, Cassano jogava mais solto, e o argentino Diego Milito era a referência.

Walter Mazzarri escalou o Napoli num 3-4-3 com o Zuniga pela esquerda tendo bastante liberdade para avançar pelo corredor, ao contrário de Maggio pela direita. No meio, Behrami era o primeiro volante, ficando de olho em Guarin, Inler tinha mais liberdade mas, ao contrário de Guarin, não era responsável pela criação de jogadas, papel de Hamsik.

No ataque, Hamsik era um segundo atacante (terceiro, no caso). Insigne, jogador de muita velocidade, abria pela ponta-esquerda com o objetivo de jogar pelas costas de Nagatomo. Cavani era a referência.

Guarin decide pela Inter
Aos 8 minutos, em jogada ensaiada no escanteio pela esquerda, Guarin aparece de surpresa e fuzila! 1 a 0. Aos 39 minutos, Novamente o colombiano Guarin deu um passe para Milito que, oportunista, chutou rasteiro no canto, a bola resvalou em De Sanctis e morreu no fundo do gol. 2 a 0.

2º tempo

O segundo tempo foi um jogo de ataque contra defesa. Wlter Mazzarri sacrificou o zagueiro Gamberrini e colocou Pandev. Com Pandev, ex-Inter, pela direita, Insigne pela esquerda, Cavani pelo meio e Hamsik vindo de trás, o Napoli jogava no que varia de um 4-3-3 mais ofensivo a um 4-2-4, com Hamsik vindo a ser um segundo (quarto, no caso, atacante).

o Napoli se dedicou exclusivamente em atacar o time de Milão. com Zuniga e Maggio chegando pelos flancos e Dzemaili pelo meio (Dzemaili manteve o papel de Inler no primeiro tempo).

O Napoli chegou diminuiu aos 54 minutos de jogo com um gol de Cavani.

A Inter, após o gol de Cavani se postou num 5-4-1, pensando apenas em se defender e manter a vitória e, eventualmente, em criar contra-ataques.

A retranca interista deu certo e impediu que o Napoli roubasse a vitória da Inter. Placar final, 2 a 1.

Agora a Inter, que já venceu Milan, Juventus e Napoli, chega aos 34 pontos na tabela do Calcio, ficando na vice-liderança, quatro pontos atrás da líder Juventus. O Napoli, por sua vez, cai para a terceira posição, com 33 pontos. 


Na próxima rodada do Campeonato Italiano, a Inter de Milão visita a Lazio, no sábado, em Roma. Já o Napoli recebe o Bologna, no domingo.