O atual campeão europeu Chelsea do técnico espanhol Rafael Benítez jogou hoje com o Monterrey do México em jogo válido pela semifinal do Mundial de Clubes da FIFA. Os Blues venceram por 3 a 1 e carimbaram o passaporte para a final, no domingo, onde enfrentarão o Corinthians.
O Chelsea jogou com autoridade; tendo mais posse de bola contra um time de fraca marcação que, ao contrário do Al Ahly que enfrentou o Corinthians, dava muito espaço para o time adversário, característica de times sul-americanos, dando bastante espaço para os jogadores habilidosos do Chelsea.
O jogo
No Chelsea, Azpilicueta foi titular na lateral direita, no lugar de Ivanovic que, zagueiro de origem, substituiu Terry na zaga, que não viajou para o Japão.
A surpresa e, de uma certa forma, o destaque, do time, foi o zagueiro brasileiro David Luiz ter jogado como volante, e mais, ter jogado como segundo volante ao lado de Mikel. O brasileiro, que substituia Lampard, além de marcar muito bem, era responsável por carregar a bola para o ataque; e surpreendeu com sua visão de jogo e seus bons passes, tendo quase marcado um gol. Era o Paulinho de Londres!
À frente dos volantes, Oscar jogou pelo meio como meia-atacante, Hazard e Juan Mata, um de cada lado, jogavam bem abertos. Torres era a referência no ataque, voltando algumas vezes também, para buscar jogo.
Uma importante aspecto do time era a troca de posição entre Oscar, Hazard e Juan Mata. Numa dessas ocasiões, onde Hazard foi para a direita, Mata pelo meio e Oscar pela direita, Ashley Cole toca para Oscar, que devolve de calcanhar para Cole dar a assistência para o primeiro gol do Chelsea com Juan Mata.
O Monterrey de Victor Vucetich entrou num 4-1-4-1/4-3-3. O campeão da Liga dos Campeões da Concacaf jogou mal e não ofereceu nenhuma dificuldade ao Chelsea. Ofensivamente, os mexicanos eram desorganizados e não tinham um meio-campo sólido que os possibilitasse a armar jogadas que levassem perigo aos ingleses.
O time de Victor Vucetich buscava a movimentação da linha do meio-campo e do uso de De Nigris como pivô e como ameaça aérea.
Defensivamente o time era também ruim. Ao contrário do Al Ahly, e do próprio Chelsea, o Monterrey não marcou em zonas, mas individualmente, ou seja, a marcação do indivíduo é mais importante do que a marcação do espaço em si (estilo sul-americano). Com vasto espaço, jogadores habilidosos e pouco empenho do time mexicano para marcar, o Chelsea não precisou se esforçar tanto para vencer como venceu.
2º tempo - início avassalador do Chelsea
Logo aos 27 SEGUNDOS do segundo tempo, Hazard passa por Perez e passa para Torres que chuta, e marca após a bola ter desviado na zaga. Pouco menos de 3 minutos depois do segundo gol, Torres recebeu a bola sem marcação no meio e passou de trivela para Juan Mata que se enfiou pela direita. Mata tentou o passe para Oscar no meio, mas a bola desviou em Chavez e entrou. Gol contra, 3 a 0.
Depois do início do segundo tempo, onde o Chelsea conseguiu marcar duas vezes, o time inglês administrou a vantagem até que, nos acréscimos, De Nigres desconta para o Monterrey. Placar final, 3 a 1 e Chelsea na final!
Final domingo: o que esperar?
Para domingo não devemos esperar muitas mudanças do lado azul. Apesar da boa atuação de David Luiz como volante, temos que lembrar que isso só aconteceu porque Rafa Benítez quis poupar Ramires, que vinha cansado; outro aspirante a essa vaga é o ídolo Frank Lampard, mas não vejo problema em Ramires jogar junto com Lampard, desde que um deles fique de olho em Paulinho nos contra-ataques.
Outro que pode entrar nesse time é o nigeriano Victor Moses; o meia direita é rápido mas pode desempenhar um papel também de marcação. O próprio Ramires já atuou desde a temporada passada nessa faixa do campo e pode voltar a atuar na final. Se Ramires ou Moses forem para a direita, Mata deve ir para o meio, tirando Oscar do time, assim, o Chelsea perderia em criatividade, mas ganharia em marcação e velocidade.
Se no Chelsea ainda há dúvidas no tocante à escalação, o Corinthians parece já definido. Tite deve repetir a maior parte dos jogadores que jogaram a semifinal contra o Al Ahly. A minha única desconfiança é com Emerson Sheik. Sheik jogou muito mal contra o Al Ahly, não conseguia se movimentar, não puxava contra-ataques e não voltava para ajudar na defesa. Além de que, contra o Chelsea, o Corinthians vai precisar de um meia aberto que volte para marcar, principalmente se Aspilicueta jogar como lateral direito, jogador que apoia mais que Ivanovic. Os substititutos podem ser Romarinho ou Jorge Henrique.
Para domingo, devemos esperar um Chelsea que busque ter a posse da bola e presença ofensiva, usando jogadores leves e rápidos que darão muito trabalho aos corinthianos. Já o Corinthians, vai entrar em campo sabendo que se tomar um gol, talvez não tenha poderio ofensivo o bastante para virar e, caso se abra demais, o Chelsea tem jogadores velozes que podem aproveitar os espaços e ampliar a vantagem.
Visto isso, o time de Tite deve ser precavido na defesa para não ser surpreendido, mas também, aguerrido no ataque, usando Paulinho como uma grande arma para puxar os ataques do time do Corinthians. Vamos esperar pra ver :D
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